17 de abril de 2014

Doa-se minha vida

Já faz um tempo que eu não posto aqui. Mas não vá achando que é porque minha vida melhorou, nem nada disso. Na verdade, tá longe de qualquer ponto de felicidade. Faz tem dois dias seguidos em que eu novamente estou com aqueles pensamentos batendo em mim como se fosse alguém batendo em uma porta querendo entrar.

Aqueles pensamentos, que já me atormentam há tempos e resistem. E eles voltaram simplesmente porque aconteceu o que sempre acontece comigo. Eu falhei. Eu fracassei. Eu sou o próprio fracasso.

Eu tenho culpa, culpa de tudo e qualquer coisa de deixe as pessoas que me rodeiam tristes, nervosas ou decepcionadas. Acho que se eu pudesse me definir em uma palavra, seria decepção. E eu não vejo mais motivos para tentar continuar.

Deus, seja bom com todos, tira a luz de mim e coloque em uma pessoa que merece viver.Ou em qualquer pessoa que esteja longe das que eu já machuco diariamente.

Se eu estou bem? Não. Eu quero colocar uma faca dentro de mim, mas não tenho coragem. PORQUE SERÁ? Sou eu me decepcionando por ser covarde. Inútil.

E quer saber uma novidade, fulano? Daqui há poucos dias vai completar 21 anos que estou aqui nesse mundo. Vinte e um anos de pura corvardia, decepção e fracasso. Será que eu consigo chegar aos 22?

Alguém aí, você que provavelmente acha  cúmulo cada palavra ecrita aqui, quer a minha vida, a minha luz? Pegue-a e tente fazê-la brilhar, porque daqui não sai nem mais um brilhinho.

3 de setembro de 2012

O problema com o compasso

Não sei onde colocaram meu estilete vermelho enferrujado,já procurei em todos os cantos.

A morte parece ser uma boa opção. Enquanto a ponta afiada de um compasso perfura a minha pele, eu peço a Deus que faça uma boa ação e me mate. Coloque em meu lugar alguém que já partiu de uma maneira injusta, alguém que mereça estar vivo.

A igreja diz que Deus não gosta de ver o ser humano sofrendo. Minha teoria diz que Ele então pegou todo o sofrimento, psicoses e os sentimentos ruins do mundo e despejou em um só lugar, mais o menos como o filme do Hércules em que os monstros de Hades foram presos debaixo do mar por Zeus.

Talvez devessem me prender também, num daqueles quartos brancos, com camisa de força e tudo mais. Assim pelo menos alguém iria ficar feliz por estar ganhando dinheiro ao cuidar de uma maluca. Maldito seja o capitalismo. Dinheiro imundo que acaba com tudo.

Meu professor disse que temos o anjo e o diabo em nossos ombros. Acho que o anjo que ficava comigo saiu correndo, e o diabo também.

Admirando a frase "não há problemas" grudadas em volta da tela do computador, eu vejo que não há mesmo. Um problema em si não pode ter problemas. Mas eu, o problema, tenho a solução razoável e agradável a todos. Vou conversar com o compasso, e a cada passo, desce uma lágrima.


18 de julho de 2012

O melhor caminho para o epitáfio

Não é possível que uma pessoa só traga tantas decepções e aborrecimentos para os outros. Eu já pensei em me matar, já me cortei, inclusive levarei para sempre uma marca disso. Mas nem para essas coisas eu prestei. Falhei em todas. Falho toda hora.

A única coisa que eu quero é não dar trabalho e não causar problemas para aqueles que amo. Mas a verdade é que nem amar eu sei direito. Mas querer não é poder, ainda mais pra mim.

Psiquiatria, psicologia, Freud.Quero me arrancar de mim, e não estou fazendo drama. As lágrimas que percorrem os meus olhos e meu nariz entupido já não suportam mais. Meu coração não está bem, se que é tenho um. Talvez eu seja uma louca, que precise ser internada. É eu não sou perfeita, e estou extremamente longe disso. Não faço nada certo, tenho sonhos absurdos, que por mais simples e perto de realizá-los eu esteja, consigo estragar.

Já pedi a Deus que me matasse, que desse minha vida, meus órgãos para alguém que saiba usá-los direito. Apesar de que, estou tão podre por dentro que nem uma alma super feliz iria suportar. Eu só quero, não existir desse jeito. Mas, isso daria trabalho aos que amo. Eu não sei o que fazer, além de chorar. Eu tô no fundo do poço, e por mais que hajam pessoas querendo me reerguer, eu não mereço, não posso.

Eu quero deixar claro que meu amor pela minha família é maior que tudo, mas eu não sei demonstrar. Eu não presto pra nada, nadinha. Sou uma péssima filha, irmã, prima, amiga, qualquer outra coisa. Eu me odeio.

8 de julho de 2012

Um coração sem salvação

Podem me chamar de ridícula, sonhadora, infantil ou qualquer outra coisa, eu não ligo. Eu ainda sonho com contos de fadas, acredito que um dia na minha vida aparecerá um príncipe. Não é questão de dar satisfação para o mundo, mas eu ainda sonho no dia em que um garoto vai me surpreender no meio de uma multidão, segurando uma única rosa vermelha e começará a recitar minha música preferida, por mais que isso possa não acontecer. Pode parecer brega, mas são coisas que fazem meu coração bater mais forte e acelerado quando penso. Numa sociedade tão "liberal" em que vivemos hoje não há espaço para o romantismo e os felizes para sempre cinderelescos. Não se há tempo para amar ou demonstrar isso.
Eu, com apenas dezenove anos, me sinto uma senhora de sessenta ao descrever esses meus pensamentos. Filmes e livros com histórias lindas de amor, um romancezinho adolescente, uma volta ao parque, um piquenique na praia, aquele frio na barriga. A pouca experiência que eu tenho em relação ao amor existente ao próximo me faz parecer uma babaca qualquer, mas talvez seja esse tiquinho de experiência que faz com que eu pense diferente de muitas outras garotas de doze anos que já beijaram quatrocentos mil caras em uma única noite fingindo estarem bêbadas por terem tomado um RedBull.
O momento mágico que é você beijar alguém por quem suas pernas estremecem, ou aquele mini-infarte quando aquela pessoa que você já observa há tempos te olha e dá um sorriso e até chega a vir conversar com você foram desintegrados da humanidade? Sei lá, é estranho pensar que a possibilidade de alguém estar lendo esse desabafo e achar ridicularmente patético é muito grande, ou talvez muito pequena, afinal, pode ser que ninguém esteja lendo.
É, eu sou ingênua. Minha mãe já me disse isso. Mas... não é esta característica mais admirada nas crianças? Sua inocência e ingenuidade? Eu acho que sou uma criança, todos deveriam ser uma. Crianças fazem o que querem, não têm papas na língua. É disso que a humanidade precisa, parar de pensar demais. Amor não é um raciocínio lógico como num equação matemática onde é necessário encontrar o valor de x, é simplesmente um sentimento. E sentimento é o agora, é o que o coração quer.

25 de março de 2012

Corra, Alice, corra!

Ainda procurando meu País das Maravilhas, entrei num buraco que me apareceu. Lá encontrei um coelho. Um coelho alto, loiro e de olhos azuis. É claro que os gêmeos Tweedle Dee e Tweedle Dum já formaram um opinião sobre o coelho e não param de me infernizar. Mas o Dodô e Absolen disseram que me ajudariam a correr atrás desse coelho.

Vou atrás, então. Diná ficou me esperando do lado de fora do buraco, caso aconteça alguma coisa. Antes de me encontrar com o tal coelho, preciso parar para tomar um chá com o Chapeleiro e a Lebre e ouvir suas sabedorias.

Mas, me parece existir uma Rainha de Copas. Ela quer esconder o coelho. E eu o quero pra mim. Já vi que para isso, vou ter que jogar uma partida de Cricket com um daqueles flamingos que me odeiam e torcer para ganhar.

"Corre atrás do coelho, Alice!" disseram as flores. 

Encabuladamente desesperada

Eis que uma pequena chama de felicidade surge. Atrevo-me a dizer que a paixão resolveu me visitar, trazer aqueles sorrisos do nada e o coração acelerado. Aquele olhar desesperado à procura de uma única e só pessoa. O sentir o sangue passear por sua bochecha deixando-a avermelhada quando esse olhar é retribuído.
Arrisco-me a dizer que estou feliz. Arrisco a me aventurar nessa chama alegre e esperançosa que nasceu.

2 de março de 2012

Engole o choro.

Eu não sou boa o bastante, nunca serei. Sempre irão me culpar, dizer que faço tudo errado. Sempre farei tudo pela metade ou de má vontade. Ou simplesmente dirão que eu não fiz. É, tá foda. Qual a minha utilidade na droga desse mundo? Nasci pra ser cobrada, julgada e culpada de tudo e por todos. E enquanto isso tudo acontece, eu só queria ter um lugar isolado onde ninguém me encontrasse pra que eu possa chorar. Por que se me verem chorando, vão falar que nem pra isso eu sirvo. Vida de merda.

28 de fevereiro de 2012

Duas partes de mim, culpadas!

É uma dor de cabeça que parece ser de culpa. Culpa minha, por me culpar. A dor que me faz sentir culpada em ter me divertido muito essa noite sendo que não estou preparada psicologicamente para tanto. A culpa de estar pulando e sorrindo sabendo que talvez não seria esse o certo a fazer. A dor vai, vem, vai, vem. Aquelas de incomodar e fazer os olhos fecharem. Culpa minha.

É sorrir ou afundar, eu escolho.

Estou bem, estou me obrigando a isso. Agora, se realmente estou bem é outra história. Se eu não sorrir e ficar bem o que vai acontecer? Sei que sou fraca, por isso me obrigo. Fraquíssima, vou acabar comigo mesma. Eu quero estar bem, me sentir feliz. Quero gargalhadas de doer a barriga, será que dá? Obrigarei-me a isso. Senão, vou me afundar e afundar naquele poço de tristeza e sono profundo.

24 de fevereiro de 2012

E se por acaso eu me afogar,não me salve.

Mergulhei fundo a ponto de acordar com as costas doídas e pernas adormecidas. Um sonho tão louco que a vontade de sair dele é quase tão forte quanto a de permanecer nele. Ando mergulhando demais. Tentando achar por debaixo d'agua o ar puro, digno de se respirar. Aquele ar capaz de preencher o pulmão de um jeito tão satisfatório de não querer mais soltá-lo. Continuo procurando debaixo da coberta surrada.

O refúgio de um olhar apagado

Há tempos penso em escrever aqui. Tentar colocar tudo pra fora, me libertar. Mas a única coisa que quero ultimamente é dormir. Dormir e muito. Um sono profundo e agitado a ponto de dar reviravoltas na cama. Num sono tão calmo e pesado que me faz conhecer um lugar fora da realidade. O sono que é o portal do refúgio que eu tanto necessito e procuro. Achei. Basta fechar os olhos e relaxar o corpo. Ah, e abraçar um urso de pelúcia de um jeito bem forte e esquisito.

8 de fevereiro de 2012

Tudo ótimo e com você?

Sorria. Nos piores momentos, sorria. Nos piores pensamentos, sorria. Nos maiores medos, sorria. Erga os cantos dos lábios até que sinta seus olhos ficarem um pouco fechados. Sorria e diga que está tudo bem. Contrarie tudo que faça você querer se isolar,sentar e chorar, apenas sorria. Por que na verdade ninguém se importa com os teus problemas, só perguntam se está tudo bem por educação. A única pessoa que pode te ajudar é você mesma. Então sorria por fora e tente encontrar o caminho certo por dentro, demonstrando absolutamente nada. Tudo bem sim e com você?

7 de fevereiro de 2012

Um dicionário traiçoeiro usado por pessoas traiçoeiras

Eu só gostaria que as pessoas entendessem que palavras devem ser muito bem pensadas antes de serem ditas. Por menor que ela seja, pode doer mais que um tapa no rosto. Arde, magoa, decepciona. Antes de proferi-las, veja bem se é isso mesmo o que quer dizer. Palavras são cruéis e pessoas também. E tem mais: por mais que elas sejam jogadas ao vento e levadas pelo tempo, elas grudam de um tal jeito na memória do ser humano que se torna quase impossível de serem esquecidas.

São capazes de machucar de um jeito inexplicável, e se por acaso houver arrependimento daquele que as disse, não existe desculpas que a apaguem por inteiro.

Palavras, palavras,palavras. Tão lindas quanto cruéis.

25 de janeiro de 2012

E fazer do nó um laço

É tudo tão estranho. Estou com um nó dentro de mim e tá difícil de desatá-lo. A vontade de sentar num canto e chorar e tão forte quanto a vontade de rir sem parar. Eu quero me isolar num lugar fechado com um bloquinho e uma caneta enquanto saio com os amigos para uma partida de boliche. Opa, o nó ficou mais forte. Por favor, dê a volte e forme um laço,assim ao menos terei uma boa aparência e tiram essas olheiras roxas que o nó me presenteia.

1 de dezembro de 2011

Cadê minha Wonderland?

Eu estou cansada,não quero mais. Quero que abra um buraco bem grande na minha frente para que eu possa me jogar e ficar em lugar nenhum. Um lugar sem nada pra fazer,sem nada pra pensar,sem nada pra nada.
Quero ser a Alice.Preciso cair no buraco mais profundo que eu possa imaginar e ficar lá por um tempo. Não quero me preocupar enquanto estiver lá, muito menos pensar no que pode acontecer quando eu sair de lá.
Preciso de tempo,de paz e sossego. Um quarto vazio com uma cama. Preciso descansar. Preciso que minha cabeça para um pouco de funcionar. Socorro!